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Anorgasmia

Anorgasmia, palavra tão difícil de pronunciar como é difícil falar sobre ela.


A anorgasmia é uma disfunção sexual caracterizada pela ausência ou dificuldade de atingir o orgasmo.

Estudos realizados no Prosex - Projeto Sexualidade do Hospital das Clínicas de São Paulo, destacam que 1/3 das mulheres brasileiras nunca atingiu o orgasmo nem por penetração e tampouco por masturbação.

A anorgasmia pode ser classificada por primária, quando nunca houve um orgasmo na vida; e secundária ou situacional, quando o orgasmo já foi experimentado em algum momento e com dificuldade.

Dados ainda apontam que 20% das mulheres nunca se masturbaram na vida e 40% delas não colocam em prática!

O apoio de uma equipe interdisciplinar faz com que essa queixa seja solucionada de forma mais integrada. A superação e sucesso do tratamento envolvem esforço e persistência, uma vez que é preciso investigar a causa e ter coragem para lidar com ela. O autoconhecimento é peça chave para saber de fato o que lhe dá prazer, livrando-se de cobranças e de expectativas.

Não se pode descartar questões psicológicas envolvidas ou conotações de que o sexo é algo sujo e inapropriado. A busca de confiança ou um diálogo aberto com a parceria são primordiais para que possa haver companheirismo e franqueza entre o casal, tornando possível o prazer sexual de ambos.





As pesquisas confirmam que a imensa maioria das mulheres que não atingem o orgasmo raramente revelam a seus parceiros(as). O que não quer dizer que em toda relação sexual, a mulher obrigatoriamente tenha que ter um. Mas é claro, o melhor seria que tivesse!

Muito comum nos atendimentos em consultório as pacientes desconhecerem sua própria anatomia, confundindo orifícios da uretra com a vagina por exemplo, e até a localização do clitóris.

Nesta busca, vale apostar em recursos visuais e táteis, como espelho e até sextoys de diversos tamanhos e formatos que estimulem não só a região clitoriana, como também a fantasia e a exploração de outras regiões que lhe dão prazer, favorecendo o clímax. Só não vale ficar refém deles!

Use a criatividade e mantenha uma boa conexão com seu próprio corpo e com a sua parceria.

O assunto é um tanto delicado que prova disso, ao orientar alguns exercícios para as pacientes, como auto toque e treino foco sensorial com minhas pacientes, claramente observo olhares um tanto espantosos e desconfiados e situações um tanto embaraçosas, uma vez que o tabu ainda existe e é bastante considerável. Rapidamente já recomendo como tarefa para casa.

Bom seria que esses tabus caíssem por terra, o que claramente despencaria também o número de mulheres que sofrem de disfunções sexuais.

Se você se identificou com o que acabou de ler, saiba que pode buscar apoio especializado e até mesmo abrir o jogo com sua parceria. O diálogo é uma parte importantíssima do tratamento. E chega de fingimento!





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