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O Impacto da Prática Esportiva na Incontinência Urinária de Esforço

A Incontinência Urinária é definida como toda perda de urina de forma involuntária, podendo ser classificada em 3 tipos: Incontinência Urinária de Urgência, de Esforço e a Mista.


A Incontinência Urinária de Urgência (IUU) está associada a um forte desejo e urgência para urinar. A Incontinência Urinária de Esforço (IUE) está associada ao aumento da pressão intra-abdominal, ao esforço, como espirro ou tosse e durante uma atividade física. E por último, a Incontinência Urinária Mista (IUM), associada aos 2 tipos relacionados acima.


O Assoalho Pélvico (AP) é composto por um conjunto de músculos, fáscias e ligamentos. Ele é responsável pela sustentação e suspensão dos órgãos pélvicos, pela continência urinária e fecal, e possui importante papel na função sexual e gestacional.


Baseada em estudos científicos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) prescreve a importância da prática de atividade física, com o objetivo de combater o sedentarismo e de garantir o bem-estar físico e mental proporcionado por sua efetiva regularidade.


Estima-se que atualmente, a IU acometa 56% das mulheres em alguma fase da vida, e a prevalência em mulheres atletas pode chegar entre 25,6% e 75% a depender da modalidade esportiva.


Atividades que geram alto impacto sobre o solo, como por exemplo os saltos e as corridas, são os principais responsáveis por desencadear uma sobrecarga aos músculos do AP. O aumento da pressão intra-abdominal empurrando os órgãos pélvicos para baixo, levam a uma sobrecarga destes músculos, mesmo que todas essas estruturas estejam em boas condições fisiológicas e funcionais. Com o decorrer do tempo o dano poderá ser notado.


Evidências cientificas comprovam que a intensidade, frequência e volume nas práticas esportivas, predispõem a uma fadiga muscular que favorecem a diminuição na capacidade de contração deste músculo em decorrência dessa fadiga, levando a um desequilíbrio no sistema musculoesquelético.


Devemos levar em consideração fatores como faixa etária, obesidade, tabagismo, a história obstétrica e ginecológica, e não tão menos importante, as alterações nas estruturas biomecânicas e posturais, que por fim podem interferir na dinâmica da funcionalidade do AP.


É importante ressaltar que a IUE tem tratamento! E não há necessidade de interromper nenhuma prática esportiva!

Com uma boa orientação e um trabalho bem direcionado por profissionais de saúde especializados, os resultados obtidos podem amenizar eventuais constrangimentos.


A fisioterapia pélvica, considerada como primeira linha para o tratamento, utiliza diversos recursos terapêuticos. Tem como principal propósito promover a conscientização e sinergia dos músculos e segmentos envolvidos, bem como reorganizá-los de acordo com a biomecânica de cada modalidade esportiva. Também possuiu um importante papel preventivo, que efetivamente pode colaborar para a redução da prevalência acima mencionada.


Diante dessas informações, em meio a muitos tabus em pleno 2022, podemos mudar o rumo desse tema tão relevante sobre o impacto do esporte na IUE, fazendo a diferença na qualidade de vida de toda mulher atleta ou não!


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